Duas centenas de estudantes de nove países discutiram, num encontro internacional, as necessidades de saúde no futuro. O evento, promovido pelos alunos da ESSA, decorreu até 25 de abril.
Promover a troca de conhecimentos entre a futura geração de fisioterapeutas, as necessidades de saúde para 2050 e a adaptação a novos paradigmas da profissão são os grandes objetivos da terceira edição do International Physiotherapy Students Meeting (IPSM) 2016. O encontro organizado pelos estudantes da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA) arrancou a 22 de abril e decorre até 25 de abril.
O vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Edmundo Martinho, esteve na abertura do evento. O administrador-executivo da instituição deixou aos estudantes da ESSA “uma mensagem de estímulo”, para que possam aprofundar a “investigação, a troca de partilhas e de conhecimento com colegas de outros países”.
Edmundo Martinho pede aos futuros fisioterapeutas que “continuem a desenvolver aquilo que aprendem na escola, sobretudo a consolidar a profissão, na linha da tradição da ESSA”, uma linha de “grande responsabilidade que têm de serem alunos desta escola”, lembra. O vice-provedor da SCML acredita que estes estudantes têm as condições para “levarem por diante esta mensagem de qualidade técnica, profissional e científica”, que caracteriza a ESSA.
A escola celebra 50 anos em 2016. Edmundo Martinho lembrou que nestes anos a Escola Superior de Saúde do Alcoitão assumiu-se nacional e internacionalmente como “uma referência na formação e na investigação”. O administrador considera que esta “é mais uma boa oportunidade de dar a conhecer a escola e, sobretudo, de dar um impulso adicional para que esta se desenvolva ainda mais, honrando o que tem sido a sua história em termos de qualidade científica”.
Beatriz Lopes, de 22 anos, é estudante de Fisioterapia na ESSA e membro da organização do IPSM 2016. A aluna deixa o desejo de que “as pessoas se divirtam” e, acima de tudo, “que aprendam bastante”.
Para o fim-de-semana prolongado a organização preparou várias palestras de profissionais da área, todas orientadas para estimular a reflexão em torno dos desafios para o futuro da profissão. Beatriz explica que a com a escolha do tema a organização pretende “que as pessoas tenham em mente as “mudanças que têm que haver na sua profissão ao longo destes anos”.
O encontro serve para criar laços profissionais mas também pessoais. Às palestras juntam-se vários workshops e atividades mais lúdicas, como aulas de dança ou jogos de futebol e basquetebol, para que o IPSM “decorra de uma forma muito suave”, explica Beatriz Lopes.
Patrícia Almeida é docente do Departamento de Fisioterapia da ESSA e uma das mentoras do projeto desde a primeira edição, em 2011. Como membro da Comissão Científica do IPSM foi também da sua iniciativa a proposta do tema para o encontro de 2016, procurando que se acompanhem “as diretivas da Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem um planeamento do que são as necessidades de saúde para 2050”, diz.
A docente explica que, para acompanhar as mudanças, a OMS recomenda que “os vários profissionais de saúde têm de se adaptar, enquanto fisioterapeutas e enquanto profissionais de saúde”, sublinha. “Para conseguir essas competências para 2050 temos que as começar a trabalhar já e são os estudantes de agora que irão fazer o futuro”, lembra, para explicar que “a forma da sociedade viver, o avanço da tecnologia e da ciência” são fatores que influenciam o trabalho dos profissionais de saúde, conclui Patrícia Almeida.