Ricardo Araújo Pereira anima Simpósio de Terapia da Fala.
O Provedor, Pedro Santana Lopes, esteve presente neste encontro para, pessoalmente, felicitar organizadores e participantes e saudar o comediante.
O II Simpósio de Terapia da Fala realizou-se esta sexta-feira, 6 de março, no auditório do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, na data em que se assinala o Dia Europeu da Terapia da Fala. Esta iniciativa, organizada pela Escola Superior de Saúde de Alcoitão (ESSA), contou com as presenças do Provedor, Pedro Santana Lopes, dos administradores da Saúde e dos Recursos Humanos, Helena Lopes da Costa e Paulo Mateus Calado, respetivamente, e com a intervenção do comediante Ricardo Araújo Pereira.
A abertura da sessão coube à subdiretora da Escola Superior de Saúde do Alcoitão (ESSA), Fernanda Fragoso, que destacou o simpósio como uma oportunidade de “reflexão sobre o percurso da Terapia da Fala e o seu posicionamento na sociedade atual” e à coordenadora do curso de Terapia da Fala, Dália Nogueira, que deu exemplos de celebridades tais como Charles Darwin, Winston Churchill e Julia Roberts, que enfrentaram problemas de comunicação e que recorreram a terapeutas da fala.
Este ano subordinado ao tema “Um Percurso a Inovar e a Cuidar”, este simpósio reuniu alunos de licenciatura e de mestrado, docentes, terapeutas da fala e restantes profissionais do ramo, que apresentaram trabalhos científicos de âmbitos tão variados como a inteligibilidade em voz, trombólise e afasia, desafios em cuidados paliativos, bilinguismo e abordagem à pessoa com esclerose lateral amiotrófica.
O momento mais animado deste simpósio foi protagonizado por Ricardo Araújo Pereira que, como seria de esperar, retirou formalidade ao acontecimento, fazendo os presentes gargalhar durante meia hora. A propósito dos terapeutas da fala, o comediante disse que os “recriminava” e “desprezava” profundamente, na medida em que lhe faziam concorrência. Defendeu mesmo que “devia haver mais gente com problemas de expressão” que o inspirasse para a criação de novos personagens “ciciantes”.
Confessou, ainda, que o que mais o atraía na sua profissão era “a capacidade de fazer rir as outras pessoas”, até porque “o riso, não sendo necessariamente alegria, parece. É como se fosse um sucedâneo do chocolate”. Era portanto fundamental que o seu desempenho resultasse em “gargalhada” e só nessa situação poderia ser considerado “eficaz”, disse.
No final admitiu que, na sua profissão, “policiava constantemente o próprio discurso” para evitar cometer erros ou pausas no sítio errado que pudessem distrair e desviar a atenção dos recetores da sua mensagem. Com um sorriso característico, despediu-se agradecendo o convite e compreendendo se sentissem “arrependimento” por o terem feito.