Enquadramento
Brincar é reconhecido na terapia ocupacional como um domínio central da infância e um foco essencial no trabalho com crianças com disfunção e suas famílias.
Embora existam diferentes definições de Brincar e não consenso em nomear diferentes formas de Brincar, a evidência da sua importância para a saúde, desenvolvimento e bem-estar é documentado de forma consistente (Lester e Russell, 2010). Brincar como ocupação primária deve implicar que a prioridade lhe seja dada para permitir o brincar: isto é, não simplesmente para ensinar competências lúdicas ou praticar atividades lúdicas em contextos de intervenção terapêutica, mas para projetar intervenções baseadas no contexto que focam o Brincar, a ludicidade e a participação. Os terapeutas ocupacionais têm significantes e valiosas contribuições para permitir a participação no Brincar, e precisamos abraçá-lo como ocupação: Brincar como um objetivo, Brincar como um direito e Brincar pela Participação”͘͟ (Lynch H, Moore A. Play as an occupation in occupational therapy. British Journal of Occupational Therapy. 2016; 79 (9):519-520)
Destinatários
Pós-Graduação Completa (168h /33,5 ECTS):
Terapeutas Ocupacionais
Candidaturas encerradas.
Módulos da Pós-Graduação:
Terapeutas Ocupacionais
Consulte os módulos disponíveis no separador “Cronograma das aulas”
Profissionais de Saúde, de Educação e da área Social
Consulte os módulos disponíveis no separador “Cronograma das aulas”
Condições
Pós-Graduação
Número de créditos a atribuir
168 horas / 33,5 ECTS (European Credit Transfer System)
Propinas
Candidatura** 50€
Propinas* 1350€
Curso com direito a atribuição de Bolsa* a 100%
*Bolsa de incentivo no valor TOTAL da propina (1350 Eur)
** Funcionários CIT (contrato individual de trabalho) da SCML não pagam a taxa de candidatura (50 €).
Calendário
Início a 30 de setembro e término a 27 de maio de 2023
Data de candidatura
até 29 de setembro de 2022
Data de inscrição/matrícula
de 22 a 28 de setembro de 2022
Vagas
O curso funcionará com um mínimo de 25 e um máximo de 30 inscrições.
A seriação será realizada segundo a ordem de inscrição e matrícula até ao término das vagas.
O curso só se realizará se o número mínimo de vagas for preenchido.
Local e horário
Online e na ESSAlcoitão (formato B-Learning)
- 6ª feiras das 18H30 às 21H30
- sábados das 09H00 às 17H00
– Alguns módulos podem apresentar variação no horário;
– Alguns módulos serão em língua inglesa e um deles em língua espanhola.
Objetivos gerais
- Abordar o Brincar como domínio ocupacional enquadrado na abordagem da Terapia Ocupacional;
- Abordar o Brincar na perspetiva centrada na criança, com base nas suas preferências, necessidades e participação, contribuindo assim para o desenvolvimento do conhecimento e investigação, dentro da Terapia Ocupacional, de forma a capturar com mais precisão o Brincar como ocupação nos diversos contextos.
- Pretende-se ainda que os profissionais acedam à certificação internacional num dos instrumentos de avaliação abordados.
Competências a adquirir
- Atualizar o seu conhecimento teórico-prático sobre o Brincar com base na evidência científica;
- Relacionar os diferentes domínios ocupacionais e contextuais que influenciam o Brincar;
- Compreender a unicidade e especificidade da abordagem da Terapia Ocupacional no Brincar, através do raciocínio clínico baseado na evidência;
- Interligar, com base no raciocínio clínico especializado, os diferentes modelos teórico-práticos que sustentam a abordagem ao Brincar;
- Utilizar com sucesso e rigor os vários instrumentos de avaliação e modelos de intervenção no Brincar;
- Identificar e usar a comunicação e interação efetiva para os diferentes pontos de ligação interdisciplinar no que concerne ao Brincar.
Docentes responsáveis
Marta Figueiredo, Especialista em Terapia e Reabilitação – Terapia Ocupacional, Professor Adjunto convidado;
Isabel Ferreira, Doutora em Psicologia Social, Especialista em Terapia e Reabilitação – Terapia Ocupacional, Professor Adjunto.
Docentes
Paula de Jesus Serrano, Mestre em Terapia Ocupacional – especialização em integração sensorial, Professor adjunto convidado;
Anita Bundy, Sc.D. in Therapeutic Science, Professor Coordenador convidado;
Michelle Bergin, Master in Disability StudiesŝĞƐ, Professor adjunto convidado;
Sofia Fragoso, Mestre em Terapia Ocupacional – especialização em integração sensorial, Professor adjunto convidado;
Dulce Romero, Doutora em Psicologia, Professor coordenador convidado;
Madalena Santana, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado;
Luziária Pfeifer, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado;
Sirlândia Teixeira, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado.
Cronograma das aulas
Unidades Curriculares/Módulos |
Docente |
Horas de Contacto |
Data |
Modalidade |
Aula Aberta (TO, profissionais de saúde e da educação) |
Módulos abertos a TO para inscrição individual (fora pós-graduação) |
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T |
TP |
Totais |
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2022 |
1 |
Introdução ao brincar e Modelos de brincar na TO |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
6 |
4 |
10 |
30 set, 1 out |
Presencial |
|
|
2 |
Desenvolvimento das competências de brincar na 1ª infância |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
6 |
4 |
10 |
14, 15 out |
Online |
x |
|
|
3 |
O modelo lúdico de Bundy, Histórico lúdico e a Knox |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
4 |
6 |
10 |
28, 29 out |
Online |
|
x |
|
4 |
A avaliação do Brincar na TO |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
4 |
6 |
10 |
11, 12 nov |
Presencial |
|
x |
|
6 |
O Test of Playfulness e o Test of Environmental Support |
Dra. Anita Bundy (TO; USA) |
6 |
10 |
16 |
5, 6, 7 dez |
Presencial |
x |
|
|
2023 |
7 |
Ciência ocupacional e o Brincar |
Mestre Michelle Bergin, PhD (OT; SE, IRL) |
6 |
4 |
10 |
6, 7 jan |
Online |
|
x |
8 |
Brincar e Saúde Mental infantil , Brincar e o Modelo Floortime |
Mestre Sofia Fragoso (TO, PT) |
6 |
4 |
10 |
20, 21 jan |
Presencial |
x |
|
|
9 |
Brincar, Saúde Mental e Auto-Regulação; Parental, Parentalidade Positiva no Brincar e desenvolvimento da Auto-Regulação na Infância |
Dra. Dulce Romero TO; ESP) |
6 |
4 |
10 |
3, 4 fev |
Online |
x |
|
|
10 |
Intervenção da terapia ocupacional no Brincar |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
6 |
4 |
10 |
10, 11 fev |
Presencial |
|
x |
|
11 |
Brincar e integração sensorial |
Mestre Paula Serrano (TO; PT) |
9 |
11 |
20 |
3, 4, 10, 11 mar |
Online |
|
|
|
12 |
O modelo lúdico de Ferland |
Prof.. Madalena Santana (TO; BR) |
10 |
10 |
20 |
17, 18, 31 mar 1 abr |
Online |
x |
|
|
13 |
O modelo Learning to Play |
Prof. Luziária Pfeifer (TO; BR) |
10 |
10 |
20 |
14, 15, 28, 29 abr |
Online |
x |
|
|
14 |
A Brinquedoteca e a criança em ambiente hospitalar |
Prof. Sirlândia Teixeira (TO; BR) |
6 |
4 |
10 |
12, 13 mai |
Online |
x |
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|
15 |
Apresentação de Trabalhos |
Dra. Isabel Ferreira (TO; PT), Especialista Marta Figueiredo (TO; PT) |
4 |
4 |
8 |
27/mai |
Presencial |
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Conteúdo Programático
Unidades Curriculares/Módulos |
Conteúdo Programático |
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1 |
Introdução ao brincar e Modelos de brincar na TO |
O Brincar: O que é brincar? Como se manifesta? Qual é a função do Brincar? Tipos de brincar Brincar e terapia ocupacional Quadros de referência para o brincar na Terapia Ocupacional Modelo do Castelo de Areia (M C A) (Sturgess, 2003) Modelo Lúdico de Ferland (MLF) (Ferland, 2005) Modelo de Brincar de Cooper (MBC) (Cooper, 2000) Modelo Dinâmico para a Escolha do Brincar (MDEB) (Miller & Kuhaneck, Teoria do Espaço Infantil (TEI) (Pierce, Munier & Myers, 2009) O Modelo de Ludicidade de Bundy (MLB) (Bundy 1997) |
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2 |
Desenvolvimento das competências de brincar na 1ª infância |
As formas de classificar o brincar O desenvolvimento das competências de brincar com o corpo O desenvolvimento das competências de brincar com os objetos O desenvolvimento das competências do brincar emocional social O desenvolvimento de competências de brincar simbólico Os esquemas de brincar |
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3 |
O modelo lúdico de Bundy, Histórico lúdico e a Knox |
O Histórico lúdico – a avaliação das dimensões dos materiais, ações, pessoas e contextos. A taxonomia para avaliação A escala de avaliação das competências de brincar de Knox- administração e cotação A adaptação transcultural das versões portuguesas de Portugal e Brasil Os elementos do modelo lúdico de Bundy Apresentação geral do Test of Playfulness (TOP) Prática |
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4 |
A avaliação do Brincar na TO |
Introdução à avaliação do brincar na terapia ocupacional A avaliação com fontes diretas de informação usando observações de comportamentos lúdicos e de competências de brincar As avaliações e escalas disponíveis Fontes indiretas de informação usando questionários, autorrelatos e entrevistas |
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6 |
O Test of Playfulness and Test of Environmental Support |
Atividades (grupo e individuais) de treino e certificação nos instrumentos e o que os mesmos compreendem |
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7 |
Ciência ocupacional e o Brincar |
Seminar 1. Play as occupation. Exploring the evidence of the importance of play, as it contributes to health, well-being and development Examining the differing meanings and values on play using Holdens cultural triangle Play as a right. Exploring the macro, legislative, policy and social discourses on play. Interdisciplinary perspectives on play Defining play as occupation.
Seminar 2 Contemporary discourses on Play Play and identity. Exploring normative framings of play, maintenance of gendered, racilised and ablist identities through play and belonging and oppression. Play as a collective occupation. Exploring play as a social occupation. Spatiality of Play. Examining factors that influence play occupation and play as the production of space.
Seminar 3 Play practices. Examining play deprivation and play as an issue of occupational justice and identifying tensions, dilemmas and recommendations for practice. Research methodologies and methods. |
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8 |
Brincar e Saúde Mental infantil, Brincar e o Modelo Floortime |
Perturbações da Relação e Comunicação Diagnóstico precoce Modelo DIR (Developmental, Individual-differences & Relationship-based model) Níveis funcionais do desenvolvimento emocional Princípios fundamentais do Floortime Objetivos do Floortime Estratégias de intervenção |
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9 |
Brincar, Saúde Mental e Auto-Regulação; Parental, Parentalidade Positiva no Brincar e desenvolvimento da Auto-Regulação na Infância |
El papel del juego en la salud mental del niño/a El papel de los distintos tipos de juego en la autorregulación El papel de los padres en el desarrollo de la conducta autorregulada y bienestar del niño/a La parentalidad positiva para el desarrollo del juego y autorregulación |
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10 |
Intervenção da terapia ocupacional no brincar |
Brincar como um meio ou como um fim Organização dos resultados da avaliação Modelos de intervenção do brincar na primeira infância na terapia ocupacional: Teoria do espaço infantil Modelo de brincar de Cooper Modelo de ludicidade de Bundy Teorias de motivação para brincar: The arousal Theory, Flow theory Prática: Análise de vídeos e avaliações /raciocínio clínico Formulação de objetivos de brincar Organização do plano de intervenção. |
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11 |
Brincar e integração sensorial |
A Integração Sensorial e a disfunção de integração sensorial Classificação das perturbações de processamento sensorial. As Neurociências, o brincar e a integração sensorial Impacto da disfunção de integração sensorial nas competências de brincar e no comportamento lúdico Instrumentos de avaliação de integração sensorial Raciocínio clínico Planeamento da intervenção. |
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12 |
O modelo lúdico de Ferland |
Modelo Lúdico: quadro conceitual, avaliação e intervenção. Apresentação e treinamento dos instrumentos de avaliação Entrevista Inicial com os Pais (EIP) e Avaliação do Comportamento Lúdico (ACL). Uso do Modelo Lúdico nos procedimentos de terapia ocupacional de crianças com deficiência física, crianças com atraso de desenvolvimento, deficiência intelectual, crianças com problema de saúde mental, clientela adulta. Modelo Lúdico e os Pais Planeamento da intervenção fazendo uso dos instrumentos de avaliação a partir de casos clínicos |
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13 |
O modelo Learning to Play |
Desenvolvimento do brincar de faz de conta em crianças pré-escolares Os tipos do brincar de faz de conta – imaginativo-convencional e simbólico Avaliando o brincar de faz de conta – Avaliação do Brincar de faz de conta iniciado pela criança – Child Initiated Pretend Play Assessment – ChIPPA Os aspetos presentes no brincar de faz de conta: Temas da brincadeira, sequencias das ações, interpretação de papéis, socialização, substituição de objetos, uso de boneco (a)/bicho de pelúcia Planejando a intervenção para estimular e desenvolver as habilidades do brincar de faz de conta – A terapia Learn to Play |
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14 |
A Brinquedoteca e a criança em ambiente hospitalar |
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15 |
Apresentação de Trabalhos |
Apresentação em formato Pitch do trabalho individual |
Prazos, Propinas e planos de pagamento
PRAZOS |
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Apresentação da Candidatura |
até 29 de setembro de 2022 (nova data) |
Seleção e Seriação |
12 a 14 de setembro de 2022 |
Afixação dos resultados |
15 de setembro de 2022 |
Reclamações |
até 19 de setembro de 2022 |
Decisão sobre as reclamações |
21 de setembro de 2022 |
Matrículas e Inscrições |
22 a 28 de setembro de 2022 |
Início das aulas |
30 de setembro de 2022 |
Preço
Taxa de candidatura** (não reembolsável): 50€
Propinas*: 1350€
Plano de pagamentos |
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Até 15 out 2022 |
450€ |
Até 15 nov 2022 |
450€ |
Até 15 dez 2022 |
450€ |
Total |
1350€* |
*Curso com direito a atribuição de Bolsa* a 100% – Consulte os pré-requisitos;
** Funcionários CIT (contrato individual de trabalho) da SCML não pagam a taxa de candidatura (50€).
- A desistência de frequência obriga ao pagamento das propinas referentes aos 3 meses subsequentes. No caso de pagamento antecipado, os valores pagos não são passíveis de devolução.
- A desistência do curso isenta o direito de atribuição de bolsa.
Pré-requisitos
Curso financiado pelo Programa Impulso Adultos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O financiamento é realizado por reembolso, após atribuição das bolsas e segue o disposto em Regulamento.
1. No âmbito do Programa Impulso Adultos, a atribuição da Bolsa* de incentivo está sujeita às seguintes condições cumulativas:
- Idade superior a 23 anos (ter completado 23 anos até 31 de dezembro do ano que antecede a realização do curso);
- Residência no território nacional aquando da frequência do curso;
- Pagamento da totalidade da taxa de inscrição e da propina do curso;
- Frequência do curso igual ou superior a 90% da duração do curso;
- Aproveitamento no curso através de avaliação.
2. Cédula profissional de terapeuta ocupacional.
Para as UC 2, 6, 8, 9, 12, 13 14:
- Profissionais de Saúde – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae;
- Profissionais de Educação – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae;
- Profissionais da área Social – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae.
Em caso de empate deverá ser aplicado o critério de ordem de chegada.
Mais informações:
Secretariado do Curso de Terapia Ocupacional
D.ª Anizabel Silva
+351 21 460 74 66
anizabel.silva@scml.pt