pós-graduação Finalizadas

O Brincar

30 de setembro de 2022 a 27 de maio de 2023
2022/2023 | 1.ª EDIÇÃO | PRR - 2021/2026

Brincar é reconhecido na terapia ocupacional como um domínio central da infância e um foco essencial no trabalho com crianças...

mãos pintadas de criança

Enquadramento

Brincar é reconhecido na terapia ocupacional como um domínio central da infância e um foco essencial no trabalho com crianças com disfunção e suas famílias.

Embora existam diferentes definições de Brincar e não consenso em nomear diferentes formas de Brincar, a evidência da sua importância para a saúde, desenvolvimento e bem-estar é documentado de forma consistente (Lester e Russell, 2010). Brincar como ocupação primária deve implicar que a prioridade lhe seja dada para permitir o brincar: isto é, não simplesmente para ensinar competências lúdicas ou praticar atividades lúdicas em contextos de intervenção terapêutica, mas para projetar intervenções baseadas no contexto que focam o Brincar, a ludicidade e a participação. Os terapeutas ocupacionais têm significantes e valiosas contribuições para permitir a participação no Brincar, e precisamos abraçá-lo como ocupação: Brincar como um objetivo, Brincar como um direito e Brincar pela Participação (Lynch H, Moore A. Play as an occupation in occupational therapy. British Journal of Occupational Therapy. 2016; 79 (9):519-520).

Destinatários

Terapeutas ocupacionais e profissionais de Saúde, de Educação e da área Social

Informações

  • Abordar o Brincar como domínio ocupacional enquadrado na abordagem da Terapia Ocupacional;
  • Abordar o Brincar na perspetiva centrada na criança, com base nas suas preferências, necessidades e participação, contribuindo assim para o desenvolvimento do conhecimento e investigação, dentro da Terapia Ocupacional, de forma a capturar com mais precisão o Brincar como ocupação nos diversos contextos.
  • Pretende-se ainda que os profissionais acedam à certificação internacional num dos instrumentos de avaliação abordados.
  • Atualizar o seu conhecimento teórico-prático sobre o Brincar com base na evidência científica;
  • Relacionar os diferentes domínios ocupacionais e contextuais que influenciam o Brincar;
  • Compreender a unicidade e especificidade da abordagem da Terapia Ocupacional no Brincar, através do raciocínio clínico baseado na evidência;
  • Interligar, com base no raciocínio clínico especializado, os diferentes modelos teórico-práticos que sustentam a abordagem ao Brincar;
  • Utilizar com sucesso e rigor os vários instrumentos de avaliação e modelos de intervenção no Brincar;
  • Identificar e usar a comunicação e interação efetiva para os diferentes pontos de ligação interdisciplinar no que concerne ao Brincar.

Marta Figueiredo, Especialista em Terapia e Reabilitação – Terapia Ocupacional, Professor Adjunto convidado;

Isabel Ferreira, Doutora em Psicologia Social, Especialista em Terapia e Reabilitação – Terapia Ocupacional, Professor Adjunto.

  • Paula de Jesus Serrano, Mestre em Terapia Ocupacional – especialização em integração sensorial, Professor adjunto convidado;
  • Anita Bundy, Sc.D. in Therapeutic Science, Professor Coordenador convidado;
  • Michelle Bergin, Master in Disability StudiesŝĞƐ, Professor adjunto convidado;
  • Sofia Fragoso, Mestre em Terapia Ocupacional – especialização em integração sensorial, Professor adjunto convidado;
  • Dulce Romero, Doutora em Psicologia, Professor coordenador convidado;
  • Madalena Santana, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado;
  • Luziária Pfeifer, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado;
  • Sirlândia Teixeira, Doutora em Educação, Professor coordenador convidado.
  1. Introdução ao brincar e Modelos de brincar na TO
    • O Brincar: O que é brincar? Como se manifesta? Qual é a função do Brincar?
    • Tipos de brincar
    • Brincar e terapia ocupacional
    • Quadros de referência para o brincar na Terapia Ocupacional
    • Modelo do Castelo de Areia (M C A) (Sturgess, 2003)
    • Modelo Lúdico de Ferland (MLF) (Ferland, 2005)
    • Modelo de Brincar de Cooper (MBC) (Cooper, 2000)
    • Modelo Dinâmico para a Escolha do Brincar  (MDEB) (Miller & Kuhaneck,
    • Teoria do Espaço Infantil (TEI)     (Pierce, Munier & Myers, 2009)
    • O Modelo de Ludicidade de Bundy (MLB) (Bundy 1997)
  2. Desenvolvimento das competências de brincar na 1ª infância
    • As formas de classificar o brincar
    • O desenvolvimento das competências de brincar com o corpo
    • O desenvolvimento das competências de brincar com os objetos
    • O desenvolvimento das competências do brincar emocional social
    • O desenvolvimento de competências de brincar simbólico
    • Os esquemas de brincar
  3. O modelo lúdico de Bundy, Histórico lúdico e a Knox
    • O Histórico lúdico – a avaliação das dimensões dos materiais, ações, pessoas e contextos.
    • A taxonomia para avaliação
    • A escala de avaliação das competências de brincar de Knox- administração e cotação
    • A adaptação transcultural das versões portuguesas de Portugal e Brasil
    • Os elementos do modelo lúdico de Bundy
    • Apresentação geral do Test of Playfulness (TOP)
    • Prática
  4. A avaliação do Brincar na TO
    • Introdução à avaliação do brincar na terapia ocupacional
    • A avaliação com fontes diretas de informação usando observações de comportamentos lúdicos e de competências de brincar
    • As avaliações e escalas disponíveis
    • Fontes indiretas de informação usando questionários, autorrelatos e entrevistas
  5. O Test of Playfulness and Test of Environmental Support
    • Atividades (grupo e individuais)  de treino e certificação nos instrumentos e o que os mesmos compreendem
  6. Ciência ocupacional e o Brincar
    • Seminar 1. Play as occupation.
      • Exploring the evidence of the importance of play, as it contributes to health, well-being and development
      • Examining the differing meanings and values on play using Holdens cultural triangle
      • Play as a right. Exploring the macro, legislative, policy and social discourses on play.
      • Interdisciplinary perspectives on play
      • Defining play as occupation.
    • Seminar 2    Contemporary discourses on Play
      • Play and identity. Exploring normative framings of play, maintenance of gendered, racilised and ablist identities through play and belonging and oppression.
      • Play as a collective occupation. Exploring play as a social occupation.
      • Spatiality of Play. Examining factors that influence play occupation and play as the production of space.
    • Seminar 3
      • Play practices. Examining play deprivation and play as an issue of occupational justice and identifying tensions, dilemmas and recommendations for practice.
      • Research methodologies and methods.
  7. Brincar e Saúde Mental infantil, Brincar e o Modelo Floortime
    • Perturbações da Relação e Comunicação
    • Diagnóstico precoce
    • Modelo DIR (Developmental, Individual-differences & Relationship-based model)
    • Níveis funcionais do desenvolvimento emocional
    • Princípios fundamentais do Floortime
    • Objetivos do Floortime
    • Estratégias de intervenção
  8. Brincar, Saúde Mental e Auto-Regulação; Parental, Parentalidade Positiva no Brincar e desenvolvimento da Auto-Regulação na Infância
    • El papel del juego en la salud mental del niño/a
    • El papel de los distintos tipos de juego en la autorregulación
    • El papel de los padres en el desarrollo de la conducta autorregulada y bienestar del niño/a
    • La parentalidad positiva para el desarrollo del juego y autorregulación
  9. Intervenção da terapia ocupacional no brincar
    • Brincar como um meio ou como um fim
    • Organização dos resultados da avaliação
    • Modelos de intervenção do brincar na primeira infância na terapia ocupacional:
      • Teoria do espaço infantil
      • Modelo de brincar de Cooper
      • Modelo de ludicidade de Bundy
      • Teorias de motivação para brincar: The arousal Theory, Flow theory
    • Prática: Análise de vídeos e avaliações /raciocínio clínico
    • Formulação de objetivos de brincar
    • Organização do plano de intervenção.
  10. Brincar e integração sensorial
    • A Integração Sensorial e a disfunção de integração sensorial
    • Classificação das perturbações de processamento sensorial.
    • As Neurociências, o brincar e a integração sensorial
    • Impacto da disfunção de integração sensorial nas competências de brincar e no comportamento lúdico
    • Instrumentos de avaliação de integração sensorial
    • Raciocínio clínico
    • Planeamento da intervenção.
  11. O modelo lúdico de Ferland
    • Modelo Lúdico: quadro conceitual, avaliação e intervenção.
    • Apresentação e treinamento dos instrumentos de avaliação Entrevista Inicial com os Pais (EIP) e Avaliação do Comportamento Lúdico (ACL).
    • Uso do Modelo Lúdico nos procedimentos de terapia ocupacional de crianças com deficiência física, crianças com atraso de desenvolvimento, deficiência intelectual, crianças com problema de saúde mental, clientela adulta.
    • Modelo Lúdico e os Pais
    • Planeamento da intervenção fazendo uso dos instrumentos de avaliação a partir de casos clínicos
  12. O modelo Learning to Play
    • Desenvolvimento do brincar de faz de conta em crianças pré-escolares
    • Os tipos do brincar de faz de conta – imaginativo-convencional e simbólico
    • Avaliando o brincar de faz de conta – Avaliação do Brincar de faz de conta iniciado pela criança – Child Initiated Pretend Play Assessment – ChIPPA
    • Os aspetos presentes no brincar de faz de conta: Temas da brincadeira, sequencias das ações, interpretação de papéis, socialização, substituição de objetos, uso de boneco (a)/bicho de pelúcia
    • Planejando a intervenção para estimular e desenvolver as habilidades do brincar de faz de conta – A terapia Learn to Play
  13. A Brinquedoteca e a criança em ambiente hospitalar
  14. Apresentação de Trabalhos
    • Apresentação em formato Pitch do trabalho individual

MÓDULOS DISPONÍVEIS PARA TERAPEUTAS OCUPACIONAIS | PDF 61 KB

MÓDULOS DISPONÍVEIS PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE, DE EDUCAÇÃO E DA ÁREA SOCIAL | PDF 65 KB

Apresentação da Candidatura: até 29 de setembro de 2022 (nova data)

Seleção e Seriação: 12 a 14 de setembro de 2022

Afixação dos resultados: 15 de setembro de 2022

Reclamações: até 19 de setembro de 2022

Decisão sobre as reclamações: 21 de setembro de 2022

Matrículas e Inscrições: 22 a 28 de setembro de 2022

Início das aulas: 30 de setembro de 2022

Curso de Pós-graduação completo financiado pelo Programa Impulso Adultos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O financiamento é realizado por reembolso, após atribuição das bolsas e segue o disposto em regulamento.

1. No âmbito do Programa Impulso Adultos, a atribuição da Bolsa* de incentivo está sujeita às seguintes condições cumulativas:

  • Idade superior a 23 anos (ter completado 23 anos até 31 de dezembro do ano que antecede a realização do curso);
  • Residência no território nacional aquando da frequência do curso;
  • Pagamento da totalidade da taxa de inscrição e da propina do curso;
  • Frequência do curso igual ou superior a 90% da duração do curso;
  • Aproveitamento no curso através de avaliação.

2. Cédula profissional de terapeuta ocupacional.

Para as UC 2, 6, 8, 9, 12, 13 14:
  • Profissionais de Saúde – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae;
  • Profissionais de Educação – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae;
  • Profissionais da área Social – Comprovativo de Licenciatura e Currículo Vitae.

Em caso de empate deverá ser aplicado o critério de ordem de chegada.

palavra INFO em ecrã de telemóvel
informação

A desistência de frequência obriga ao pagamento das propinas referentes aos 3 meses subsequentes. No caso de pagamento antecipado, os valores pagos não são passíveis de devolução. A desistência do curso isenta o direito de atribuição de bolsa.

Condições de acesso

Início das aulas
30 de setembro de 2022 a 27 de maio de 2023
Data de candidatura
Até 29 de setembro de 2022
Data de inscrição / Matrícula
22 a 28 de setembro de 2022
Número de créditos a atribuir

168 horas / 33.5 ECTS (European Credit Transfer System)

Vagas

O curso funcionará com um mínimo de 25 e um máximo de 30 inscrições.

A seriação será realizada segundo a ordem de inscrição e matrícula até ao término das vagas. O curso só se realizará se o número mínimo de vagas for preenchido.

Propinas e modalidades de pagamento *
  • Propinas: 1350€
  • Candidatura: 50€
Plano de pagamentos
  • Até 15 de outubro de 2022: 450€
  • Até 15 de novembro de 2022: 450€
  • Até 15 de dezembro de 2022: 450€
*

Curso com direito a atribuição de Bolsa a 100% – Consulte os pré-requisitos;

*

Funcionários CIT (contrato individual de trabalho) da SCML não pagam a taxa de candidatura (50 €).

Contactos, local e horário

Secretariado da Pós-graduação: Anizabel Silva

anizabel.silva@scml.pt

+351 214 607 466

Local e horário

Online e na ESSAlcoitão (formato B-Learning)

  • Sextas-feiras das 18h30 às 21h30
  • Sábados das 09h00 às 17h00

Alguns módulos podem apresentar variação no horário. Alguns módulos serão em língua inglesa e um deles em língua espanhola.

Organização

SCML / ESSA

Co-promotores

ESEL
ESS CVP Lisboa
Egas Moniz
AHED

Plano de Recuperação e Resiliência

PRR - 2021/2026 | Atribuição de bolsas de incentivo de 100% | Impulso Adultos

Plano de Recuperação e Resiliência
República Portuguesa
Financiado pela União Europeia